Por que o Ibama não é a favor da exploração de Petróleo na Foz do Rio Amazonas?


O Ibama se opõe à exploração de petróleo na Foz do rio Amazonas devido aos riscos ambientais significativos envolvidos na operação de extração naquela região, 

A Floresta Amazônica onde hoje é considerada um patrimonio da humanidade, sendo de vital importancia a preservação para a manutenção da vida no planeta Terra. 

A região é ecologicamente sensível, abrigando biodiversidade única e ecossistemas frágeis. 

A extração de petróleo aumentaria o risco de:

  • derramamentos, 
  • poluição, 
  • degradação ambiental, 
  • ameaça a vida marinha, 
  • a subsistência de comunidades locais. 

1- Por que o  senador Randolfe Rodrigues (sem partido) defende que a extração de Petróleo na Foz do Rio Amazonas pode beneficiar a população do Amapá?

O senador defende que o petróleo pode mudar o paradigma da economia do Amapá, tranzendo mais renda e empregos para a região do seu Estado que sofre com a crise econômica e falta de recursos. 

Embora em épocas passadas, em 2015 ele tenha protestado contra a extração devido a instalação de uma empresa francesa de logistica de suporte à atividade petrolífera no Pará, contrariando as garantias de investimento local e nacional. 

2- Por que a extração de petróleo poderia representar um benefício para a população local da região da Foz do Rio Amazonas?

A extração de petróleo poderia contribuir de forma positiva para a população local, desde que seja realizada de maneira responsável e sustentável. Alguns dos benefícios potenciais incluem:

1. Criação de empregos:

A indústria de petróleo gera empregos diretos e indiretos, o que pode melhorar a qualidade de vida das pessoas na região, proporcionando oportunidades de emprego e renda.

2. Desenvolvimento de infraestrutura:

A extração de petróleo muitas vezes requer o desenvolvimento de infraestrutura, como estradas, portos e instalações de processamento, que podem beneficiar a comunidade local e melhorar a conectividade da região.

3. Geração de receita para o governo: 

A exploração de petróleo pode gerar receita para o governo, que pode ser reinvestida em serviços públicos, como educação, saúde e infraestrutura.

4. Desenvolvimento econômico regional: 

A indústria de petróleo pode estimular o desenvolvimento de outras atividades econômicas, como o comércio, a construção civil e o setor de serviços, criando um efeito multiplicador na economia local.

5. Transferência de tecnologia e capacitação:

A exploração de petróleo muitas vezes envolve a transferência de tecnologia e capacitação de trabalhadores locais, proporcionando habilidades e conhecimentos valiosos para a população.

3- Quais os impactos negativos que poderiam ocorrer para a população local da Foz do Rio Amazonas caso houvesse a exploração do petróleo na região?

É importante observar que os benefícios da extração de petróleo podem representar lucros num curto médio prazo, mas em longo prazo podem ser acompanhados de desafios e riscos significativos, como:

  • a degradação ambiental, 
  • a dependência excessiva de uma única indústria, 
  • a volatilidade dos preços do petróleo,
  • a interência dos interesses estrangeiros 

Portanto, é fundamental que caso haja as operações de petróleo sejam regulamentadas e monitoradas de forma rigorosa e de perto para garantir que os impactos negativos sejam minimizados e que a comunidade local seja realmente beneficiada de maneira sustentável a longo prazo. 

Pois muitas vezes quando envolve grandes industrias os lucros não são sentidos pelas populações mais carentes e muitas vezes leva a expeculação imobiliária e outras consequencias consideraveis, como por exemplo a intromissão de exploração estrangeira. 

Além disso, a diversificação da economia local é importante para reduzir a dependência exclusiva da indústria do petróleo.

4- O Amapá possui outras fontes de desenvolvimento econômico, de forma que não precisasse da exploração petrolífera?

A economia do Amapá está diretamente ligada a agricultura, pecuária, mineração, industria e serviços.

A região do Amapá, localizada no extremo norte do Brasil, possui diversas riquezas naturais e culturais.

 Alguns dos principais recursos e características da região incluem uma grande diversidade de espécies de plantas, animais e aves, algumas delas endêmicas e raras, que podem ser alvo de estudo e pesquisa ciêntifica. 

Também possui reservas significativas de  minerais, incluindo manganês, ferro, ouro, níquel e bauxita, que podem contribuir para a economia local. 

Eles  possui uma abundância de água doce. Isso é importante para a navegação, a pesca e a produção de energia hidrelétrica.

O turismo também movimenta a economia através das paisagens naturais intocadas, as praias, as áreas de preservação ambiental e a cultura local atraem turistas que buscam experiências autênticas na Amazônia.

O Amapá também apresenta o desenvolvimento e potencial para a energia renovável, como a hidrelétrica e energia eólica, que podem contribuir para a matriz energética de todo o Brasil. 

É importante ressaltar que a preservação da natureza e das culturas indígenas é fundamental para manter essas riquezas no Amapá e garantir que elas sejam sustentáveis e duradouras. 

O desafio é equilibrar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental e o respeito pelas comunidades locais e ressaltando a importancia de investimento em outros setores também lucrativos para a região. 

5- Por que a extração de petróleo representa um perigo para o meio ambiente?

A extração e consumo de petróleo representam um perigo ambiental devido aos impactos negativos que têm sobre o ecossistema global. 

A queima de petróleo libera gases de efeito estufa, contribuindo para as mudanças climáticas. 

Além disso, derramamentos de petróleo podem causar danos devastadores à vida marinha e ecossistemas costeiros. 

A extração de petróleo também leva à destruição de habitats naturais e ameaça espécies. 

É crucial buscar alternativas mais sustentáveis para proteger nosso planeta.

Além disso, contribuiria para as mudanças climáticas, prejudicando ainda mais o ambiente global. 



O Ibama prioriza a preservação desses ecossistemas críticos e busca alternativas mais sustentáveis para o desenvolvimento econômico na região.

O Ibama ainda alerta que a própria Petrobrás produziu estudos que revelaram que em caso de um vazamento e derramamento de petróleo uma conteção demoraria cerca de 48 horas e que isso levaria a um desastre ambiental com grande impacto social no meio ambiente que chegaria afetar toda a costa brasileira, afetando a vida marinha drasticamente inclusive de paises vizinhos coo a Guiana, Guiana Francesa e Suriname e que também levariam a fortes impactos econômicos drásticos. 

6- Quem  é contra a exploração de petróleo na Foz do Rio Amazônas?

A atual posição do governo destaca a importância da retomada da preservação da Floresta Amazônica e através das políticas pelo presidente Lula e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Isso inclui o fortalecimento do Ibama e suas fiscalizações contra o desmatamento na região. 

Artigos publicados nas principais midias revelam que isso gerou insatisfação de criminosos e empresas do agronegócio envolvidas em desmatamento ilegal. 

Políticos ligados à "bancada ruralista", "bancada da bala" e "bancada da bíblia" têm tentado enfraquecer a legislação ambiental e órgãos de fiscalização, colocando em risco o meio ambiente e os territórios indígenas. 

O Ibama foi atacado após a decisão de não conceder licença para exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas devido a preocupações ambientais e falta de estudos adequados. 

A Ministra do Meio Ambiente enfatiza a importância das decisões do Ibama, pois elas são respaldadas por pesquisadores, na prevenção de impactos ambientais, socioeconômicos e de saúde pública que ressaltam as consequências do problemas causados por grandes empreendimentos de extração de petróleo na região. 

É preciso o estudo de mais políticas públicas e maneiras de preservar o meio ambiente e avaliar o pontecial dos recursos e a transição energética para saber se vale a pena fazer exploração de recursos naturais, buscando o equilíbrio. 



Em sua obra muito bem escrita, Michael Ross estabelece argumentos muito claros sobre os efeitos políticos e econômicos devastadores do petróleo. Ross argumenta que, sob certas condições, com sua gigantesca fonte de receita, sua volatilidade e seus segredos, as riquezas do petróleo contribuem para o autoritarismo, os conflitos civis e também para um crescimento econômico vulnerável, instalando uma crise generalizada que pode resultar no colapso de um país. Nessa análise inovadora, Ross avalia de que modo os países em desenvolvimento são moldados por sua riqueza mineral e como eles podem transformar a maldição do petróleo em uma bênção. Quem sonha em ganhar na loteria ou encontrar um tesouro enterrado acredita que um grande lucro inesperado vai tornar sua vida melhor. Para muitos países em desenvolvimento, porém, a descoberta de recursos naturais valiosos pode ter consequências estranhas e, às vezes, até mesmo politicamente prejudiciais. Esse livro explica as origens e a natureza dessa “maldição” e como ela pode ser sanada.



7- Referências Bibliográficas:

1. UOL. Ibama tem razão: exploração de petróleo no Amazonas pode gerar Brumadinho 2. 2023. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/opiniao/2023/06/14/quem-sao-os-inimigos-do-ibama-ruralistas-lideram-ataques-ao-orgao-tecnico.htm. Acesso em: 17 set. 2023

2. WIKIPÉDIA. Economia do Amapá. S/D. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Amap%C3%A1. Acesso em: 17 set. 2023.

3. SENADO, Agência. Randolfe teme prejuízo ao Amapá na exploração de petróleo. 2015. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/06/02/randolfe-teme-prejuizo-ao-amapa-na-exploracao-de-petroleo. Acesso em: 17 set. 2023.

4. BRAZILIENSE, Correio. Randolfe rebate Salles em fala sobre Ibama: "Não sou da sua laia. 2023. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/05/5095514-randolfe-rebate-salles-em-fala-sobre-ibama-nao-sou-da-sua-laia.html. Acesso em: 17 set. 2023.

5. CAPITAL, Carta. Randolfe volta a criticar decisão do Ibama contra exploração de petróleo na foz do Amazonas... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/randolfe-volta-a-criticar-decisao-do-ibama-contra-exploracao-de-petroleo-na-foz-do-amazonas/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos. 2023. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/randolfe-volta-a-criticar-decisao-do-ibama-contra-exploracao-de-petroleo-na-foz-do-amazonas/. Acesso em: 17 nov. 2023.






Silviane Silvério

Naturóloga e Biomédica, especialista em Plantas Medicinais, Dieta Natural e Iridologia CRTH-BR 1741

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