Sebastião Salgado viajou pela Amazônia brasileira e fotografou a beleza incomparável desta região extraordinária por seis anos:
- a floresta,
- os rios,
- as montanhas,
- as pessoas que lá vivem - um tesouro insubstituível da humanidade.
No prefácio do livro, Salgado escreve:
"Para mim, é a última fronteira, um universo misterioso por si só, onde o imenso poder da natureza pode ser sentido como em nenhum outro lugar da Terra.
Aqui está uma floresta que se estende até o infinito e que contém um décimo de todas as espécies de plantas e animais vivos, o maior laboratório natural único do mundo."
Salgado visitou uma dúzia de tribos indígenas que existem em pequenas comunidades espalhadas pela maior floresta tropical do mundo.
Ele documentou a vida diária dos Yanomami, Asháninka, Yawanawá, Suruwahá, Zo'é, Kuikuro, Waurá, Kamayurá, Korubo, Marubo, Awá e Macuxi - seus laços familiares calorosos, caça e pesca, a forma como preparam e compartilham refeições, seu incrível talento para pintar seus rostos e corpos, o significado de seus xamãs e suas danças e rituais.
Sebastião Salgado dedicou este livro aos povos indígenas da região amazônica do Brasil:
Sebastião Salgado fala:
"Meu desejo, com todo o meu coração, com toda a minha energia, com toda a paixão que possuo, é que daqui a 50 anos este livro não se pareça com um registro de um mundo perdido. A Amazônia deve continuar a viver."
Sebastião Salgado, renomado fotógrafo brasileiro, nasceu em Conceição do Capim e se formou em Economia.
Iniciou sua carreira como economista, mas sua paixão pela fotografia o levou a viajar pela África e, posteriormente, a se tornar fotojornalista independente em 1973.
Ele documentou eventos importantes, incluindo o atentado a Ronald Reagan em 1981.
Salgado é conhecido por suas séries fotográficas, como "Outras Américas" (1986), "Sahel: O 'Homem em Pânico'" (1986) e "Trabalhadores Rurais" (1986-1992), que destacam questões sociais e humanitárias em todo o mundo.
Ele também se concentrou em temas como deslocamento em massa, resultando em obras como "Êxodos" e "Retratos de Crianças do Êxodo."
Salgado é elogiado por sua fotografia em preto e branco que destaca a dignidade humana e protesta contra a injustiça.
Além de suas realizações fotográficas, ele é um defensor ativo de causas humanitárias, apoiando organizações como a UNICEF e a Médicos sem Fronteiras. Atualmente, ele e sua esposa lideram um projeto de reflorestamento em Minas Gerais, Brasil.
Sebastião Salgado é reconhecido internacionalmente e integra a Academia de Belas Artes da França.