1- Por que o planeta está passando por um desiquilíbrio ambiental com a água?
O desequilíbrio ambiental relacionado à água ocorre devido a vários fatores:
1. Escassez de Água:
O acesso à água doce está diminuindo em muitas regiões devido ao crescimento populacional, urbanização e uso excessivo.
2. Poluição da Água:
A poluição de rios, lagos e oceanos prejudica a qualidade da água e ameaça a vida aquática.
3. Mudanças Climáticas:
As alterações climáticas causam secas e inundações mais frequentes e severas, afetando o equilíbrio hídrico global.
4. Desmatamento:
A remoção de florestas afeta o ciclo da água, levando a enchentes e erosão do solo.
5. Agricultura e Indústria:
A demanda por água na agricultura e na indústria está aumentando, sobrecarregando os recursos hídricos.
6. Má Gestão da Água:
A má gestão de recursos hídricos, como irrigação ineficiente e poluição, contribui para o desequilíbrio.
7. Perda de Biodiversidade:
A degradação de ecossistemas aquáticos afeta a biodiversidade e a saúde dos sistemas aquáticos.
O desequilíbrio ambiental com a água tem sérias consequências, como escassez de água, conflitos, insegurança alimentar, enchentes e perda de biodiversidade.
A conservação da água, a gestão sustentável dos recursos hídricos e a mitigação das mudanças climáticas são fundamentais para restaurar o equilíbrio ambiental e garantir um futuro sustentável para o planeta.
2- Qual música nos faz refletir a respeito desse desiquelíbrio ambiental em relação a água?
Quede Água?
Lenine
A seca avança em Minas, Rio, São Paulo
O Nordeste é aqui, agora
No tráfego parado onde me enjaulo
Vejo o tempo que evapora
Meu automóvel novo mal se move
Enquanto no duro barro
No chão rachado da represa onde não chove
Surgem carcaças de carro
Os rios voadores da Iléia
Mal desaguam por aqui
E seca pouco a pouco em cada veia
O Aquífero Guarani
Assim do São Francisco a San Francisco
Um quadro aterra a Terra
Por água, por um córrego, um chovisco
Nações entrarão em guerra
Quede água? Quede água?
Quede água? Quede água?
Agora o clima muda tão depressa
Que cada ação é tardia
Que dá paralisia na cabeça
Que é mais do que se previa
Algo que parecia tão distante
Periga, agora tá perto
Flora que verdejava radiante
Desata a virar deserto
O lucro a curto prazo, o corte raso
O agrotóxico, o negócio
A grana a qualquer preço, petro-gaso
Carbo-combustível fóssil
O esgoto de carbono a céu aberto
Na atmosfera, no alto
O rio enterrado e encoberto
Por cimento e por aslfalto
Quede água? Quede água?
Quede água? Quede água?
Quando em razão de toda a ação humana
E de tanta desrazão
A selva não for salva, e se tornar savana
E o mangue, um lixão
Quando minguar o Pantanal e entrar em pane
A Mata Atlântica tão rara
E o mar tomar toda cidade litorânea
E o sertão virar Saara
E todo grande rio virar areia
Sem verão, virar outono
E a água for commoditie alheia
Com seu ônus e seu dono
E a tragédia da seca, da escassez
Cair sobre todos nós
Mas sobretudo sobre os pobres outra vez
Sem terra, teto, nem voz
Quede água? Quede água?
Quede água? Quede água?
Agora é encararmos o destino
E salvarmos o que resta
É aprendermos com o nordestino
Que pra seca se adestra
E termos como guias os indígenas
E determos o desmate
E não agirmos que nem alienígenas
No nosso próprio habitat
Que bem maior que o homem é a Terra
A Terra e seu arredor
Que encerra a vida aqui na Terra, não se encerra
A vida, coisa maior
Que não existe onde não existe água
E que há onde há arte
Que nos alaga e nos alegra quando a mágoa
A alma nos parte
Para criarmos alegria pra viver
O que houver para vivermos
Sem esperanças, mas sem desespero
O futuro que tivermos
Quede água? Quede água?
Quede água? Quede água?
Quede água